Dentista desce 14 andares de escada em prédio atingido por escombros

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012 0 comentários

Paredes de edifício onde ela tem consultório foram atingidas.
Três edifícios desabaram no Centro do Rio na noite de quarta-feira (25).

Carolina LaurianoDo G1 RJ

Depois de sentir um enorme tremor no seu consultório, que fica no 14º andar do prédio número 6 da Rua Almirante Barroso, no Centro do Rio, a dentista Carmem Lúcia Mello Ferraz, de 44 anos, pensou que estava ocorrendo um terremoto no local, por volta das 20h30 desta quarta-feira (25). Ela então resolveu descer, junto com a secretária, todos os lances de escada.
“Meu último paciente foi às 19h30, o desabamento foi por volta das 20h30. Eu estava na minha sala escrevendo, meu prédio começou a balançar muito, falei para minha secretária ‘nosso prédio vai cair’. Quando cheguei à porta da sala, vi que estava tudo apagado no corredor, as luzes do escritório começaram a piscar, eu sem saber o que estava acontecendo, comecei a desligar tudo para não queimar. Na hora pensei que o meu prédio estava desabando, parecia um terremoto”, contou ela, afirmando que conseguiu manter a calma a todo momento porque é funcionária do Corpo de Bombeiros.
Na verdade, Carmem sentiu as consequências do desabamento dos dois prédios e de um sobrado na Avenida Treze de Maio, no Centro da cidade
.
Carmem ainda juntou as fichas dos pacientes de quinta-feira (26), já prevendo o cancelamento das consultas. Segundo ela, do nono ao sétimo andar as paredes das escadas caíram e ela conseguiu ver o estrago dos prédios ao lado. A dentista explicou que a lateral do seu edifício fica na Avenida Treze de Mario e as paredes das escadas são juntas às do prédio de 10 andares que veio abaixo.
“As paredes do meu prédio caíram também, então impediam as passagens. Eu fiquei olhando pelos buracos, os bombeiros lá embaixo. Fui descendo por escombros, tinham três andares com escadas sob escombros. Do oitavo para o sétimo andar não tinha como descer, a gente teve que passar por cima da parede”, explicou ela.
De acordo com Carmem, o prédio onde fica seu consultório possui 21 andares. A maioria das pessoas saiu por cima, já que os andares não foram atingidos e os bombeiros fizeram o resgate por cima. “Acho que quem estava do décimo andar para cima tentou pela escada e voltou, porque tinha um buraco imenso e não tinha escada, só escombros”, disse ela.
A dentista disse que teve que pular uma altura de cerca de um metro onde havia escombros na escada. “Não sei se tem gente ainda presa em elevador, porque no sétimo e no oitavo ficou complicado de sair. Eu estava me escorando no corrimão interno, porque não tinha a parede” afirmou.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou que os prédios ao lado do desabamento não correm risco. “A Defesa Civil municipal, com técnicos da engenharia, vistoriou os prédios vizinhos a esses prédios que desabaram, e já apontaram que não há nenhum risco”, disse.
Dano estrutural
Paes afirmou ainda que um "dano estrutural" pode ter causado o desabamento dos prédios. "Nós não sabemos a causa. Ouvi especulações mas o mais provável é que não tenha sido nenhum tipo de explosão, provavelmente foi um dano estrutural no prédio, mas isso é tudo agora especulação", disse.
O secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, confirmou que até o fim da noite cinco feridos foram atendidos no Hospital Souza Aguiar, no Centro.
Uma mulher de 28 anos, dois homens de 37 anos, um homem de 31 anos e um 
Prédio desaba no Centro do Rio (Foto: Marcelo Piu/Agência O Globo)Prédio desaba no Centro do Rio (Foto: Marcelo Piu/Agência O Globo)
homem de 50 anos. "Dois ainda estão em observação. Até agora, sem nenhuma pessoa em estado grave identificada"
Dohmann acredita que teriam poucas pessoas dentro dos prédios no momento do desabamento.
De acordo com informações do Centro de Operações da prefeitura, a Avenida Almirante Barroso, entre a Rua Senador Dantas e Avenida Rio Branco, está interditada em ambos os sentidos.
Segundo o Metrô Rio, as estações da Presidente Vargas, Uruguaiana, Carioca e Cinelândia foram fechadas. Com isso, a Linha 1 vai de Ipanema até a Glória e Linha 2, até Central.
A Light desligou a luz nos arredores para evitar incêndios. Vinte viaturas da polícia foram acionadas para isolar a área.
Em nota oficial, o Theatro Municipal informou que o desabamento do edifício da Avenida Treze de Maio não causou prejuízos ao prédio, nem danos estruturais. A única parte atingida por escombros foi a bilheteria, no prédio anexo. Nenhum funcionário foi atingido.



Clínica médica denuncia delegada que teria agredido funcionária no Rio

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Segundo funcionária, delegada buscava prontuário e a agrediu.
Delegada nega todas as acusações; caso foi registrado na delegacia.

Do Bom Dia Rio

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Uma delegada que trabalha na Corregedoria Unificada da Polícia Civil foi acusada de agredir uma funcionária de uma clínica psiquiátrica na tarde de quarta-feira (25). Segundo o advogado da clínica, ela queria retirar um prontuário médico e chegou a dar voz de prisão à funcionária do do local.
Rejane Gabriel trabalha na clínica que deixou de prestar atendimento há seis meses. Ela acusa a delegada Helen Sardenberg de ter invadido o escritório da clínica. “Ela queria um documento que eu não tinha autoridade para dar, que só o médico pode dar, e aí disse que era um desacato à autoridade, porque ela era uma delegada e eu era obrigada a fornecer”, disse a funcionária.

Ela conta que recebeu voz de prisão. “Eu estava presa, não podia sair dali, não podia fazer nada. Saí extremamente humilhada, arrasada, um sentimento horrível porque ser trabalhador dentro de um local e alguém chega e fala: ‘eu tenho poder, eu sou delegada, eu posso fazer’ ", disse.

Agressões físicas
As marcas no braço, segundo Rejane, são resultado de uma agressão da delegada e de um suposto inspetor da polícia que a acompanhava. O advogado da clínica levou a funcionária para dar queixa na delegacia.

“Não sabemos o que ela levou. Abuso de autoridade. Alguém sem mandado, sem nada, invade uma empresa para tirar as coisas sem ordem de ninguém”, disse o advogado.

Rejane contou, ainda, que foi empurrada contra uma estante. Alguns objetos que estavam no móvel ficaram no chão. Depois, ainda de acordo com a funcionária, a delegada seguiu para a sala de arquivo e revirou caixas que guardam prontuários médicos.

O prontuário médico que a delegada estaria procurando seria dela mesma. O advogado da clínica confirmou que a delegada esteve internada na clínica tempos atrás.

A delegada Helen Sardenberg disse que foi para casa sem o prontuário médico e negou todas as acusações. A Secretaria de Segurança Pública informou que vai aguardar o avanço da investigação e que, por enquanto, a delegada continua normalmente em sua função na Corregedoria.
Na delegacia foi feito o registro de desacato e desobediência pelo investigador da Polícia Civil contra Rejane, mas também serão investigadas as acusações feitas pela funcionária do escritório contra a delegada e o agente da polícia.

Crea diz que obra ilegal era feita em um dos prédios que desabou no RJ

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Crea e bombeiros confirmam obras em prédio de 20 andares que caiu.
Investigação apura causa da tragédia que deixou desaparecidos e feridos.

Do G1 RJ

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) do Rio de Janeiro
informou que duas obras eram realizadas no prédio de 20 andares, um dos três que desabaram na noite de quarta-feira (25) no Centro da cidade. A tragédia deixou 19 desaparecidos e pelo menos seis feridos.

Segundo o presidente do Conselho de Análises e Prevenção de Acidentes do Crea, Luiz Antonio Cosenza, as obras eram “ilegais”, pois não havia registro delas. "Duas obras eram realizadas no prédio, no 16º andar. Eram obras ilegais,  pois não tinham nenhum registro no Crea. E isso é considerado exercício ilegal", afirmou.
Durante a madrugada desta quinta-feira (26), dois fiscais do Crea foram ao local vistoriar. "Policias e funcionários nos informaram sobre essas obras. No nosso registro (no Crea), não consta nada sobre essas obras. Fica a dúvida: não tinha um profissional responsável pela obra ou, se tinha, não registrou. Vamos levantar quem era o proprietário dessa obra e porque não registrou", disse Cosenza no local da tragédia. Segundo o coordenador, quando uma obra é realizada, o profissional deve registrá-la no Crea e na prefeitura
.
O secretário da Defesa Civil do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, também confirmou que havia uma obra no prédio e que investiga se ela teria sido a causado a tragédia.
"Realmente há obra pelo relato de um sobrevivente que foi resgatado. Ele era um operário desta obra e foi resgatado de dentro da cabine do elevador. Ele relata que estava efetivamente trabalhando na obra e no momento em que iria sair do elevador, no 6º andar, percebeu que o prédio estava entrando em colapso e, então, voltou pra dentro da cabine e o elevador despencou", disse o coronel à TV Globo.
Para o Crea, as construções, apesar de antigas, costumam ter estruturas fortes, com o uso de grande quantidade de material resistente e disse acreditar que o mais provável é uma causa externa para o desabamento.

“Eles (os prédios) foram feitos em uma época em que não havia muita economia de material, se gastava material com estrutura, se fazia bem forte mesmo. Talvez alguma causa externa pode ter provocado este desabamento. Salvo algum engano, que pode ocorrer”, afirmou ele.
Em entrevista à TV Globo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse ter recebido a informação sobre as obras e que as causas da tragédia ainda são investigadas.
arte desabamento (Foto: G1)

Desmonoramento no Centro (Foto:  Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo )Desabamento foi na área aos fundos do Theatro Municipal (Foto: Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo )

Bombeiros encontram corpo de vítima de desabamento no Rio

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Três vítimas de desabamento seguem internadas em hospital do Rio.
Prédios de dez e 20 andares caíram. Destroços levaram sobrado abaixo.

Do G1 RJ

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As equipes de resgate do Corpo de Bombeiros encotraram na manhã desta quinta-feira (26) o corpo de uma vítima dodesabamento de três prédios, no Centro do Rio de Janeiro.

Para facilitar o trabalho das equipes da Prefeitura do Rio e do Corpo de Bombeiros em busca de vítimas, trechos de ruas da região permanecerão fechadas nesta quinta-feira (26). Já as estações do metrô no Centro, que haviam sido fechadas na quarta-feira, funcionam normalmente desde as 5h. A Prefeitura pede que a população evite o local para facilitar a atuação das equipes.

Feridos

Três vítimas do desabamento seguem internadas na manhã desta quinta-feira (26), no Hospital Souza Aguiar, também no Centro. As informações são da Secretaria municipal de Saúde. Segundo o órgão, o quadro mais grave é o de uma mulher, que teve lesão no couro cabeludo e passou por uma cirurgia.

Uma outra vítima também foi levada para o hospital, mas já foi liberada. O homem, identificado apenas como Francisco, não estava dentro de um dos prédios, mas ajudava os bombeiros no resgate e sofreu um corte.

Um zelador e um operário, que estava dentro de um elevador, estão entre as vítimas retiradas com vida dos escombros. As informações são do coronel Sérgio Simões, secretário estadual de Defesa Civil. Ainda de acordo com o coronel, as buscas se concentram em dois pontos sinalizados com a ajuda de cães farejadores.
No início da madrugada, parentes reunidos na porta do hospital procuravam desaparecidos que estariam nos prédios.

Interdições

Os trechos fechados, segundo o Centro de Operações Rio, são Avenida Treze de Maio, onde houve o desabamento, Avenida Almirante Barroso entre Avenida Rio Branco e Senador Dantas. Já a Rua Senador Dantas vai funcionar com mão invertida entre Avenida Almirante Barroso e Evaristo da Veiga. Para esta operação, agentes de trânsito trabalharão nos bloqueios com apoio de 10 painéis informativos. Veículos que vêm da Cruz Vermelha e da Avenida República do Chile deverão seguir pela Rua Senador Dantas, que estará com a mão invertida.
A Prefeitura do Rio reforçou o efetivo no local. Mais de 40 agentes da Defesa Civil e d Secretaria municipal de Saúde estão na região, além de quatro ambulâncias para remoção das vítimas.
Equipes no local
Cerca de 200 homens da CET-Rio e da Guarda Municipal estão nas ruas orientando o trânsito na região do desmoronamento. A CET-Rio também colocou dez reboques na região e dez painéis em diferentes pontos da cidade. A Rioluz dá apoio com 20 homens, três caminhões do tipo cesto, geradores, equipamentos de segurança e iluminação. A Seconserva atua com 30 homens, 10 caminhões e duas escavadeiras. A Comlurb conta com 30 homens, 10 caminhões e duas pás mecânicas. A Secretaria municipal de Obras disponibilizou três escavadeiras hidráulicas, um guindaste de cem toneladas, duas tesouras mecânicas e um rompedor pneumático. A Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop) patrulha a área com seis equipes de controle urbano, enquanto a Secretaria de Assistência Social atua com 20 profissionais.

O Centro de Operações está em alerta tomando as medidas necessárias, como deslocamento de equipes e acionamento de outros órgãos e concessionárias, para minimizar o impacto do desabamento e facilitar o trabalho das equipes. O monitoramento é feito por cerca de 50 operadores na sala de controle, que utilizam 15 câmeras na região afetada.
Mapa interdição desabamento (Foto: Divulgação / Prefeitura do Rio)Mapa interdição desabamento (Foto: Divulgação / Prefeitura do Rio)
Um posto de informações para familiares de eventuais vítimas foi instalado na Câmara dos Vereadores, na Cinelândia.

Paes não acredita em explosão

Em entrevista, o prefeito Eduardo Paes confirmou que, além de um prédio de dez andares e outro de 20 andares, um sobrado, que ficava entre as duas construções, acabou atingido pelos destroços. 
Mais cedo, numa entrevista anterior, o prefeito havia comentado sobre as possíveis causas do desmoronamento. "Aparentemente não foi uma explosão, o desabamento aconteceu por um dano estrutural no prédio. Acredito que não tenha sido vazamento de gás", disse o prefeito.
Mapa mostra área do desabamento (Foto: Arte/G1)
De acordo com a empresária Zilene Bernardino, que trabalha no local, o prédio de dez andares fica na Rua Manuel de Carvalho, esquina com Treze de Maio, e o outro na própria Treze de Maio. Um terceiro prédio, de menores proporções, também pode ter desabado, segundo testemunhas.
Uma moradora de um prédio vizinho relatou que três andares de um dos prédios passavam por reforma. "De repente, ouvimos um grande barulho e começou a voar tudo", contou a argentina Devora Galavardo, que mora há seis meses em frente ao prédio que desabou.
Nos vídeos ao lado, enviados ao VC no G1o leitor Elias de Oliveira capturou os momentos de confusão após a queda dos prédios e do sobrado na Treze de Maio. O leitor, que estava em um bar na Cinelândia, começou a filmar quando a poeira baixou.
A Light desligou a luz nos arredores para evitar incêndios. Vinte viaturas da polícia foram acionadas para isolar a área.
Em nota oficial, o Theatro Municipal informou que o desabamento do edifício da Avenida Treze de Maio não causou prejuízos ao prédio, nem danos estruturais. A única parte atingida por escombros foi a bilheteria, no prédio anexo. Nenhum funcionário foi atingido.
Desmonoramento no Centro (Foto:  Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo )Desabamento foi na área aos fundos do Theatro Municipal (Foto: Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo )

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